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sexta-feira, 27 de maio de 2011

Sem-terra X Prefeito

A distância que o João do Grupão tem do povo é algo estarrecedor. Ontem, (26/05) o prefeito mais indesejado da história de Itabira reuniu-se com religiosos em seu impenetrável gabinete para definir o futuro dos sem-terra. Vamos às considerações... 

Baseado em minha leitura no jornal Diário de Itabira, o prefeito já se enganou e muito em escolher as pessoas para tal reunião. Sem querer discutir se é Bispo, Papa ou Padre, o que interessa é que são pessoas que não vivenciam de perto o que tem acontecido nos últimos 10 anos, no meu ponto de vista. 

Deixar o principal representante dos sem-terra, no caso o Sr. Adilson Gualberto de fora, é demonstrar nenhum interesse em querer resolver alguma coisa. Sem levar em conta a extrema indelicadeza que os Bispos cometeram ao deixar de fora dessa reunião o Frei Gilvander, que veio de BH para acompanhar a manifestação. Que há boa vontade dos Bispos para resolver essa pendenga, disso não duvido, mas, por outro lado, creio que Adilson e pelo menos mais uns dois “sem-terra” teriam  estar presentes e o que aconteceu, a reunião do João do Grupão e os Bispos não deu em absolutamente nada, como era de se esperar. 

As propostas do chefe do Grupão são ridículas, sem base, vagas e ineficazes, sem condições nenhuma de resolver o problema a curto prazo, e o interessante é que entre as propostas do sem-terra está a de que o prefeito assine o que ele falou e Chefão negou, ou seja, os sem-terra querem que ele assine o que disse, pois não acreditam no que ele fala e ele nega assinar, pois sabe que nunca irá cumprir. O Grupão está no poder há mais tempo que esse problema, ou seja, o prefeito viu o problema crescer, esteve lá, não se importou, deu barrigada, empurrou prá lá e agora, depois que a bomba explodiu, tenta resolver à sua maneira. 

O jornal ainda diz que a decisão da prefeitura foi entregue pelo frei, ou seja, para participar da reunião não serve, mas para ser o porta-voz da bomba, põe o Frei na linha de tiro, típico do Grupão mesmo, arrumar um boi-de-piranha. 

Queriam construir um “boi levar” no centro da cidade à bagatela de seis milhões de reais, tenho certeza que da mesma maneira que iriam conseguir uma graninha para o “boi levar”, também conseguem para a desapropriação. 

Faço minhas as palavras de uma funcionária da Receita Federal de Monlevade onde estive ontem, quando me dizia que a Agência da Receita Federal de Itabira está criada, saindo o nome inclusive nos impressos da Receita,” mas o que falta em Itabira é um prefeito que tenha vontade política, pulso, coragem e peito prá dizer que quer o melhor para o seu povo e isso Itabira não tem, a prova que é a Agência não está instalada em Itabira por pura incapacidade política”. Mas isso é outro assunto...  

Torno a repetir, na campanha para prefeito, Ronaldo Magalhães esteve com João no acampamento dos sem-terra e disse em bom tom:”Não há ninguém melhor que João para resolver o problema de vocês” e hoje me pergunto: O Ronaldo é um mentiroso ou o João um incapaz e imprestável?? Que dúvida cruel, posso votar nos dois??

5 comentários:

  1. Eta imprensa chapa branca. Quem lê sobre a retirada das familias do Drumond na Defato pensa que a Prefeitura e os vereadores nao tem nada haver com o caso,mas que os "anjinhos" estão fazendo de tudo para resolver. Noticia enviada pronta até eu vou arrumar uma boquinha de reporter.

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  2. Que bom Sr. Fernando quando citou que "baseado no Diário de Itabira" fez este texto acima no qual cita uma série de eventos dos quais as personagens são pessoas que merecem algum respeito, ainda que as mesmas tenham lá suas limitações. Ao passar por acaso hoje em frente à prefeitura por volta das 17h deparei com várias pessoas aglomeradas e um altar montado tendo em volta 6 padres e muita gente. Decidi ficar por ali a espreita para tentar entender o por quê daquilo, tratava-se segundo me falou uma das pessoas ali presentes de uma missa com o objetivo de dar força e demonstrar aos "invasores" do bairro drummond que "os padres e a Igreja Católica local estava do lado deles". Pelas palavras e pela forma como foi conduzida a tal missa fui começando a abrir minha mente para uma realidade na qual vi um pouco a dinâmica de opressão pela qual o povo daquela localidade vem passando. Vi também que nessa hora de dor e de perseguição não importa muito se fulano é de A ou se beltrano é de B, porque estavam ali misturados católicos e crentes. O mais impressionante foi ver que além do pessoal do bairro drummond que não era pouco, tinha também gente de Ipatinga, Santa Maria de Itabira e vários bairros de Itabira. Perguntei uma senhora por que ela tinha vindo de tão longe e ela me respondeu que não estava ali para "julgar os sem terra ou para dar razão aos poderosos, ela simplesmente tinha certeza que no final Deus ficará do lado do mais fraco, do pobre". Um momento muito esclarecedor e que reformulei meu conceito sobre o que está acontecendo, foi quando o padre José Geraldo falou abertamente; a manipulação e a armação que está rolando em alguns órgãos de imprensa que estão tentando desqualificar o movimento, tentando colocar palavras na boca do padre e dos líderes sem que eles tenham dito. O padre também não perdoou a atitude do prefeito que num momento há dois anos atrás procurou os padres tentando fazer com que eles apoiassem a desapropriação e os padres não aceitaram fazer parte da negociata, mas se posicionaram contrários e favoráveis a que fosse dado aos ocupantes do terreno o direito de ficar ali. O padre fez uma espécie de desabafo e denúncia da forma como o poder público; amparado por um sistema de mídia pouco profissional e desprovida de ética, está tentando minar o caminho de negociação do pessoal com o poder público espalhando inverdades. Não quero acreditar que você esteja ouvindo o canto da sereia e se valendo de orgãozinhos de imprensa duvidosos para fazer suas análises. Com todo respeito que tenho por seu trabalho e pela competência em exercer suas atividades quero crer que tudo tenha passado de um mau entendido e o jornal citado tenha sido um ato falho.

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  3. Caro Anônimo,

    A postagem acima é de autoria do Tonny Morais e não minha. Com a palavra, quem apurou as informações: vamos lá, Tonny!

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  5. O Jornal citado não foi "um ato falho". Como de costume,ao tomar meu café da manhã,lendo o Diário, fiquei sabendo do que houve no dia anterior. Não vejo motivo para tanto indignação...

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