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domingo, 22 de maio de 2011

A mina e a cidade



Na semana que passou, pela primeira vez tive a oportunidade de conhecer a área da Vale aqui do complexo minerador de Itabira. Ao me deparar com o gigantismos das máquinas e equipamentos utilizados para extrair e transportar o minério veio a cabeça a pergunta: para onde vai tanta riqueza?

Na volta para casa, olhei para a cidade com mais atenção que de costume e não foi difícil tirar conclusões. Todo o minério extraido de nosso subsolo, aqui em Itabira, e em tantas outras cidades mineradores não se reverte em avanços significativos na qualidade de vida da população dessas regiões. É possível ainda afirmar que sequer os salários pagos aos funcionários da mineração são compatíveis com tamanha riqueza gerada por estes. A partir dessas avaliações é necessário pensarmos em quais os resultados de décadas de exploração mineral.

Vem tomando conta do país a discussão sobre o aumento dos royalties. Parlamentares de diferentes matizes, prefeitos das cidades mineradoras e até o governador de Minas, Antonio Anastasia tem se manifestado sobre a importância de rediscutir a porcentagem dos impostos pagos pelas mineradoras.

É urgente que este debate seja feito em todo o país. Como todos estão cansados de saber, minério só da uma safra. O Brasil não pode assistir passivo a transformação da riqueza do seu subsolo e o trabalho diário do seu povo ser utilizado somente para atender os interesses privados. Já vimos esse filme, nos tempos de colônia toda o ouro e diamantes das Minas Gerais foram levados para a Europa e por aqui nada ficou além das belas Igrejas das cidades históricas.

Para além do debate sobre o aumento dos royalties faço o convite que devemos seguir discutindo sobre o papel da Vale como mineradora privada e do papel que pode cumprir como indutora do desenvolvimento do país como empresa estatal.

Para os interessados segue o blog que é espaço para essa discussão. http://campanhaminerio.blogspot.com/

Um comentário:

  1. Meu caro e idealista Guilherme essas suas conclusões mais que abalizadas já são mais que conhecidas dos nossos insignes políticos de Carteira, CPF, RG mais que conhecidos por todos nós eleitores. Tem também os demais detentores de cargos de decisão na cidade, estado e país. Já estão mais que carecas de saber do que devem e podem fazer, mas não fazem. Uma situação lamentável e vexatória que coloca-nos na condição de "primos pobres" de outras cidades, estados e países que se tornaram milhiardários às nossas custas e devolvem correta e adequadamente os recursos para quem de direito merece que é o povão. Pode continuar tentando convencê-los a nos devolver o que é de todos nós por direito e obrigação. "Água mole em pedra dura tanto bate até que fura", né mesmo!!! A cuca dura deles pode ser que se abra para acolher as sugestões e colocá-las em prática.

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