A cada semana é anunciado um nome diferente como possível candidato a prefeito de Itabira. As origens de cada um são diversas, temos médicos, empresários, político profissional, delegado e agora até sindicalista. É preciso olharmos por detrás das aparências e nos perguntarmos qual projeto de cidade e de país cada um desses defende.
De um lado temos aqueles que de uma forma ou de outra compuseram o denominado "grupão" que dirigi a cidade já a quase doze anos. A turma da situação deve utilizar-se de uma cara nova, e claro, de muito dinheiro para tentar se manter no poder. Do outro lado temos os que em outras eleições disputaram a prefeitura, e se mantém na oposição, mesmo não tendo um projeto alternativo claro para a cidade. O cenário eleitoral em Itabira não é mais tão demarcado, a união do PP com o PT, ou seja, um dos principais partidos da situação com um dos membros mais destacado da oposição confundiu corações e mentes na cidade.
A tentativa do Alexandre Banana (PT) e do Chiquinho da Nacional (PP) é de tentar surfar no vazio programático e ideológico que é grande na cidade apresentando a chamada "Agenda 2012". Esse "projeto" se propõe como um espaço onde cabem todo o tipo de idéia. Para além disso, a Agenda defende que primeiro deve ser discutido o projeto, para depois discutir quem deve ser o gestor da cidade.
Primeiro, a cidade não precisa de um simples gestor. O debate é maior do que esse. Precisamos de um líder político que seja antes de tudo representante de uma forma de governar e de algumas idéias centrais que vão conduzir a cidade para o atendimento das necessidades da maioria. Segundo um projeto que aceita qualquer proposta, vinda de onde vier, com certeza formará um programa de governo impraticável e confuso que não levará a lugar algum.
Uma alternativa alardeada como de maior peso em Itabira é a do Damon Lazáro de Sena (PV). O candidato esbarra em um limite importante, teve suas últimas campanhas financiadas pelas mesmas caras que bancaram o "grupão". Outra questão importante, é a sua ausência no debate político feito na cidade em diferentes situações, para citar alguns exemplos temos a questão do Bairro Drummon, a greve dos servidores públicos municipais, a crise econômica que colocou na rua centenas de trabalhadores itabiranos e por último a ausência de estrutura adequada para os alunos da UNIFEI.
Para começar uma conclusão é preciso se perguntar quem financia os diferentes grupos que disputam o poder na cidade e somado a isso, questionar o que pensam sobre os grandes temas como: relação da cidade com a mineração, a questão ambiental, o inchaço da máquina pública devido ao grande número de cargos comissionados e contratados, e setores que são preocupação cotidiana da população como a rede municipal de educação e a saúde pública.
Olha Guilherme não desmerecendo sua análise, mas endossando-a incluo uma questão que é de vital importância e passa longe da agenda local de todos que ate agora se mostram como prováveis candidatos. A reforma política, mesmo que não venha valer para as próximas eleições sequer alguém levantou essa bandeira. Penso ser importante ser um assunto a ganhar as rodas de discussão, os grupos, a sociedade e mesmo os partidos e seus filiados. Se na esfera nacional e estadual está engatinhando aqui no interior e região pode avançar, por que não?!... Trata-se de assunto importante e que poderá até responder questões que você coloca no escopo de seu bem intencionado texto. As grandes transformações e mudanças nem sempre vem de cima para baixo e Itabira tem perdido muito por manter esses ares pronvincianos. Quem pode modificar isso já ta mais que evidente pode partir daqui deste espaço no qual muitos apresentam indicativos que somados poderão mostrar alternativas viáveis.
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